sábado, 1 de novembro de 2008

Entrevista: André Luiz e o marketing político


Um marqueteiro em plena ascenção. Assim pode ser considerado o diretor Executivo da Nordeste Consultores, André Luiz de Sousa Felisberto. Na entrevista ao jornalista Emmanuel Noronha, ele explica o que é Marketing Político e o que um candidato deve fazer para saber como anda a sua popularidade entre o eleitorado, além de como administrar as suas contas de campanha. Sobre as determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com relação à proibição de algumas práticas realizadas em pleitos anteriores e, até que ponto elas podem prejudicar o marketing de um candidato, André Luiz diz que "em nada". Inclusive explica que essas medidas são até bem vindas, pois colaboram e favorecem o desenvolvimento do país, a partir do momento que estabelece regras onde os candidatos terão que estar lado a lado com o seu eleitor apresentando as suas verdadeiras propostas de trabalho. No final da entrevista, André Luiz fala da experiência obtida quando trabalhou com o marketeiro Duda Mendonça, aqui na Paraíba. Durante o trabalho ele explica que teve a oportunidade de observar toda a estrutura e planejamento que a equipe de Duda Mendonça desenvolvia para o candidato. André conta que nesse período fez boas amizades e prestou um serviço da melhor maneira possível. Desde o seu primeiro dia de trabalho ficou encantado como o Marketing bem planejado e o que ele poderia possibilitar à vitória de qualquer candidato. A partir de então, naceu o sonho de abrir e estruturar uma empresa de Marketing Político. Além de trabalhar com o marketing político, ele também é professor das universidades IESP, Asper e Maurício de Nassau.

- André Luiz, o que é Marketing Político?

A Ciência do Marketing Político tem como objetivo principal alcançar o objetivo proposto pelo candidato, seja na condição de eleito, seja na condição de projeção política, sempre atendendo a correta aplicação dos conceitos científicos baseados na ética profissional.
- Como se faz o planejamento de um Marketing Eleitoral?

O planejamento de Marketing Eleitoral é feito no período de pré-campanha eleitoral. Basicamente compreende na projeção do candidato para o eleitorado apresentando em discurso qual o tipo de projeto de governo que o mesmo tem. Desta forma são utilizadas várias ferramentas podendo destacar: pesquisa, criação de peças publicitárias, produção áudio visual, assessoria de imprensa, planejamento de eventos, planejamento de logística e planejamento estratégico de marketing.
- Quanto se gasta em uma campanha?

O valor de investimento que será gasto em uma campanha deverá ser apresentado a Justiça Eleitoral. Os valores irão depender do tamanho do município, número de eleitores e situação em que o candidato se encontre, seja situação ou oposição. De uma forma em geral muito ou pouco dinheiro não quer dizer que o candidato esteja em posição de elegibilidade ou não. Tudo vai depender de como será planejado de que forma será investido a informação para apresentação do projeto ou plano de governo.

- Como o candidato deve fazer o seu planejamento financeiro?

O planejamento financeiro deve acontecer a partir do momento que o candidato realmente entende que irá disputar a eleição. Caso este candidato tome a decisão nos 3 meses que antecede o dia do voto, então o plano irá compreender este breve período. De uma forma em geral, setenta por cento deverá ser investido em meios de divulgação da informação e os outros trinta por cento em outros tipos de despesa tais como: combustível, aluguel de imóveis e móveis entre outros.
- Qual a importância do marketing eleitoral?

O marketing eleitoral quando bem desenvolvido possibilita ao candidato uma maior oportunidade de manter o seu pleito de elegibilidade. O marketing político, que compreende investimento em marketing em período que antecede a eleição, aumenta as possibilidades para a elegibilidade do candidato. Quando bem feito, em período eleitoral, pode ser desenvolvido o marketing eleitoral de forma mais clara e efetiva, colaborando também um menor investimento financeiro em informação.

- Como se faz o marketing pessoal do candidato?

O marketing pessoal do candidato inicia a partir do momento em que o candidato tem um excelente projeto de governo. Partindo disto é desenvolvida a ação do marketing pessoal que é baseada em três fundamentos: O discurso, a conduta com a rede de relacionamento e a imagem pessoal do candidato.

- Quais são as estratégias de eventos na campanha eleitoral?

A estratégia de eventos é baseada na organização e planejamento das ações que são permitidas pela atual legislação eleitoral. Podemos citar os comícios, as passeatas, as reuniões com lideranças, os eventos de apoio entre outros. Tudo deve ser conduzido de forma a projetar o candidato e sua proposta de trabalho. Desta forma, é de fundamental importância destacar um profissional com bastante experiência nesta área.

- As determinações e proibições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até que ponto podem prejudicar o marketing de um candidato?

Em absolutamente nenhum ponto. O TSE está colaborando e favorecendo o desenvolvimento do nosso país a partir do momento que estabelece regras onde os candidatos terão que estar lado a lado do seu eleitor apresentando as propostas de trabalho. Só para exemplificar antes tínhamos o famoso SHOWMÍCIO, onde o percentual de exposição de propostas através do discurso era mínimo comparado a festa ofertada pelo candidato a população. Considero que tínhamos mais festas que propostas de trabalho. Hoje, com a nova metodologia o que vale é planejamento, projeto de governo e corpo a corpo. Desta forma teremos um município melhor, um estado melhor um Brasil melhor.

- O fim do showmício foi bom ou ruim para o candidato?

Muitos candidatos reclamam com o fim do SHOWMÍCIO. Antes praticamente os candidatos não se preocupavam tanto com o plano de governo, apenas em contratar bandas da "moda" para animar a festa de todos. Então candidato de discurso pobre acha ruim o fim do SHOWMÍCIO. - A propaganda convencional ainda convence o eleitor? Por exemplo: distribuição de santinhos, camisetas, etc.A propaganda convencional, que podemos aqui considerar a produção e criação dos impressos como santinhos e panfletos não são, nos tempos atuais, fatores determinantes para o êxito nas urnas. O planejamento das ações de marketing, o projeto de governo e o histórico do candidato serão indagavelmente os alicerces da campanha. Quando estes três aspectos estão em condição positiva a probabilidade de elegibilidade é considerada de acentuado grau.

- Fale um pouco da sua trajetória ao lado do marqueteiro Duda Mendonça. O que isso significou para você? Qual o legado? A experiência?

Na época que a empresa do Duda Mendonça esteve na Paraíba trabalhando a imagem do candidato Zé Maranhão obtive a oportunidade de ser contratado para atuar na área de informática, precisamente atuando na operação e manutenção técnica dos computadores e periféricos. Durante este trabalho pude observar toda a estrutura e planejamento que a equipe de Duda Mendonça desenvolvia para o candidato a governo do estado da Paraíba. Fiz boas amizades e prestei o serviço da melhor maneira possível. Desde o primeiro dia de trabalho, fiquei encantado como o Marketing bem planejado poderia possibilitar a vitória de qualquer candidato. A partir de então, tive o sonho de abrir e estruturar uma empresa de Marketing Político. Trabalhei duro, juntei cada centavo e sonhei com os pés no chão. Atualmente temos um QG com sede própria, tecnologia e estrutura satisfatória para possibilitar a real condição de elegibilidade de qualquer candidato a nível majoritário ou proporcional.

2 comentários:

  1. Adorei essa entrevista com o Professor André Luiz, o senhor é massa! gosto muito das suas aulas.

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  2. Professor André Luiz admiro o excelente profissional que você é. Obrigada pelas dicas. Você é o "PROFESSOR"!
    Parabéns por todas suas conquistas, você merece. Deus estará te abençoando sempre.

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