segunda-feira, 24 de maio de 2010

ESTOU CANSADO DE TUDO E SEM INSPIRAÇÃO


Cheguei cansado em casa, sem vontade de dormir, sem vontade de comer, não tinha paciência de escrever. A verdade é que não quero conversar com ninguém. Fico triste em dizer o quanto é ruim conviver com pessoas que tentam nos colocar para trás, o quanto é injusto fazer de tudo e observar pessoas incapacitadas assumirem posições de destaque. O sentimento que tenho é de abandonar tudo e viver só com um pouquinho, o suficiente para comer.

Faço de tudo da melhor maneira, mas acredito que por incompreensão da vida não consigo alcançar o que seria óbvio, dignidade e justiça através do meu esforço. Trabalho muito e estudo em demasia, mas o que vejo em minha frente são risos das conquistas de pessoas desonestas, trapaceiras e medíocres.

Estou farto de mentiras, não consigo sair de casa para encarar os falsos atores, o meu ouvido e minha mente estão exaustos. Sinto uma terrível dor de cabeça, minha garganta dói muito...

Trabalho muito, ganho pouco, conquisto quase nada...

ELOGIOS não pagam as contas. Por que estudar muito? Morrer de trabalhar, para o quê? Se existem pessoas que por muitíssimo pouco conquistam além do imaginário.

Sinceramente não quero que ninguém fale comigo, preciso ficar sozinho. Quero um pouco de silêncio, não quero escutar, não quero falar, não quero pensar. O que quero é apenas RESPIRAR.
...

De cabeça fria consigo pensar, avaliar e compreender. A reação vem aos poucos. Sei que sempre existirão pessoas falsas. Sei que nesta sociedade de faz de conta o que prevalece é o dinheiro. Sei que se eu desistir e entregar as contas, anulando o meu ser, verdadeiramente quem perde SOU EU.

Sabe de uma coisa, enquanto tiver vida vou reagir, vou fazer o melhor. Estou disposto a ajudar muitas pessoas, quero assinar um nome de respeito, ser orgulho para alunos e amigos, meus pais e toda a minha família.

ENFIM...

Estou reagindo...

IREI AGIR
JAMAIS IREI PENSAR ASSIM.

Relato esta REAL experiência. Ela aconteceu VINTE ANOS ATRÁS. Hoje posso passar, ensinar e demonstrar para todos que tudo na vida é apenas uma fase.

PENSEI QUE ERA IMPOSSÍVEL, MAS EM VIDA DIGO PARA TODOS OS LEITORES QUE É TOTALMENTE POSSÍVEL.

NUNCA DESISTAM ! ! !


ANDRÉ LUIZ DE SOUSA FELISBERTO

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quarta-feira, 12 de maio de 2010

FUI EU QUEM FIZ

Esta noite tive um sonho, e fui muito longe, no túnel do tempo. Parecia tão real...

Eu estava brincando com meus amigos, e era um jogo de futebol. Depois da brincadeira todo mundo foi para sua casa tomar aquele banho, jantar e descansar um pouco. Ainda neste início de noite todos estavam reunidos na casa da minha mãe, no terraço, jogando WAR I.

Parecia muito real... As conversas sobre a escola, sobre as paixões, sobre os sonhos. COMO É BOM SER CRIANÇA ! !

Então de repente acordei, já era meio da noite. Sem sono, pensando sozinho, em silêncio, lembrei das façanhas.

Recordei dos fatos que com orgulho eu e meus amigos dizíamos que éramos os autores. Um conversando com o outro, apontando os feitos e comentando:
- Sabe aquele carro de rolimã? Fui eu quem fiz.
- Sabe aquele carrinho de lata? Fui eu quem fiz.
- Sabe aquela pipa gigante? Fui eu quem fiz.

Comecei a trazer para o presente os fatos antigos, realmente fui longe, resgatando o passado puro, cheio de fantasias esquecidas na maturidade. Sorri em lábios e pensamentos.

Foi aí que pensei que eu e meus companheiros nunca dizíamos:
- Sabe aquela nota zero da prova de matemática? Fui eu quem fiz.
- Sabe aquela falta de educação que tive com Mainha? Fui eu quem fiz.
- Sabe aquela tarefa mal feita? Fui eu quem fiz.

Pois é... Difícil assumir os fracassos, desastroso assumir a incompetência, vergonhoso externar a incapacidade.

Mas afinal de contas, será que somente devemos bater a mão no peito e deixar claro o feito das coisas boas?

Percebo que hoje os meus amigos, que hoje são adultos, de uma forma muito parecida, porém com um contorno diferente ainda dizem:
- Sabe aquele prédio da esquina? Foi papai quem fez.
- Sabe aquela ponte do bairro? Foi mamãe quem fez.
- Sabe aquela nova estrada? Foi meu irmão quem fez.

Engraçado observar o círculo da vida, tão simples compreender que ninguém faz nada sozinho. Quem trabalhou no prédio, na ponte ou na estrada foram várias pessoas. Estava lá o pedreiro, o mestre, o arquiteto, o engenheiro, o pintor, o carregador de pedras e muitos outros trabalhadores. Afinal quem fez? Quem injetou dinheiro? Quem desenhou? Quem edificou? Quem carregou?

AMIGOS LEITORES: TODOS FIZERAM.

É difícil dizer: fiz parte, sou integrante do grupo, dei minha contribuição. O ego não deixa ninguém entrar, parece que é uma só porta com um único cantinho que só cabe um: VOCÊ

Ninguém é ilha. Ninguém é supra-sumo. Precisamos das pessoas.

O que faço, o que tenho, onde estou, e as vitórias conquistadas, possuem mérito de divisão com outros indivíduos. Afinal de contas na Vitória dizemos SOU EU. E no fracasso não existe SOU EU.

Pelo fracasso não devemos ter vergonha em dizer que fazemos parte. Pelo sucesso não devemos ser absolutos e egoístas em dizer que não existem outras pessoas participantes.

E confesso que no finalzinho desta mesma noite, em meio a muita reflexão pensei em outras coisas: fraldas, choros, paciência, insônia, renúncia, amor, compreensão. Tudo para me dar condições. Senti que tinha e tem alguém com o verdadeiro mérito das conquistas materiais e espirituais. Neste momento, neste pensamento, consegui relaxar, entrar em estado de extrema tranqüilidade. Então veio o início do sono e uma profunda alegria.
Deitei tranquilamente e disse: REALMENTE...


FOI ELA QUEM FEZ

Obrigado Neusa! TE AMO ! ! ! !

Uma homenagem do teu filho que verdadeiramente te ama...

André Luiz de Sousa Felisberto
consulteandre@ig.com.br

domingo, 2 de maio de 2010

NA DEVIDA PROPORÇÃO

Já eram 16 horas quando meu filho pediu para jogar bola na praia. Com muita alegria colocamos a roupa de banho, botei o protetor solar e peguei a bola.

Chegando à praia, logo começamos a brincar, eu e meu filho Matheus de 4 anos, atuando na areia da praia com aquela desenvoltura atlética. Tirando o mico da barriga saliente, cansaço rápido e chutes desengonçados de minha parte, percebi que aquele final de tarde estava maravilhoso.

Quando de repente passa um carrinho de picolé balançando o sino. Instantaneamente meu filho grita: papai, papai, olha o picolé. Aí começa a história... Esqueci a carteira com o dinheiro...

Chamei meu filho e expliquei que esqueci a carteira. Ele ficou tão triste, tão triste, que o vendedor de picolé percebeu e disse: Menininho pode escolher e pegar quantos picolés desejar. Automaticamente o vendedor olhou para mim e continuou, quando o senhor me ver por aqui aí então o senhor me paga.

Meu filho sorrindo pegou duas garrafinhas de picolé, uma azul e outra verde-limão.

Olhei para o homem e passei a conversar. Ele falou que vendia no máximo 50 garrafinhas dia, que não tinha hora certa de passar naquele local, que não tinha praia certa para fazer a venda e que só não trabalhava quando adoecia. Cada garrafinha de picolé custava setenta centavos.

Já escurecendo e a noite acenando para o final de tarde resolvi voltar para casa, abraçado com meu filho, sempre pensando no ocorrido.

No outro dia no final de tarde, fui sozinho para a praia esperar o vendedor, ele não apareceu. No outro dia novamente, e novamente, e nada. Fiquei mais de uma semana. Finalmente ele apareceu, e resolvi pagar o equivalente a dez garrafinhas, ele sorriu e disse que não precisava tanto, mas insisti e ele aceitou. Conversei com ele e depois despediu seguindo com seu trabalho, sorrindo e acenando.

REFLETINDO...

Duas garrafinhas que ele entregou para meu filho equivalem a 4% do seu faturamente diário. Ele não pediu cheque, nota promissória, cartão de crédito, contrato ou qualquer outra coisa como garantia. A garantia dele foi o sorriso de um menino e de um pai que ele nunca tinha visto na vida.

Se algum leitor trabalha em empresa que fatura HUM MILHÃO por mês, os 4% seriam equivalentes a quarenta mil reais. Seria como se você entregasse este dinheiro para alguém que você nunca viu e não recebesse nenhum documento como garantia. VOCÊ FARIA?

Sei que alguns estão pensando, mas André... só são R$ 1,40 as duas garrafas, é muito pouco este valor, e por esta razão ele fez isto.

Meu amigo... imagine o que ele administra com este lucro. Pagamento de feira, transporte, remédio, energia, água. Plano de saúde, diversão, roupa, entre outros, fica difícil compreender como é administrado o dinheiro que ganha junto com a família dele. Tenho certeza que com muito pouco, também faz parte administrar os sonhos da casa dele.

Então estes quatro por cento da parte dele ou de quem ganha milhões não deixam de ser quatro por cento.

É verdade que seu gesto enquanto vendedor de picolé está quase que extinto. Não consigo imaginar quantas pessoas fariam isto. Quanto mais dia eu esperava este cidadão, mais cálculos eu fazia.

NO DIA QUE ENCONTREI O VENDEDOR DE PICOLÉ PERGUNTEI: Por que o senhor entregou as garrafinhas sem saber se iria receber o seu dinheiro? ELE RESPONDEU: Muito de longe já via o senhor brincar com seu filho e chegando mais perto escutava as risadas e gargalhadas dele. Senti que não deveria quebrar aquele encanto. Meu dia já tinha tido muitos aborrecimentos.

Ele recebeu o dinheiro, apertou minha mão, e acompanhei os seus passos ao longo.

FIQUEI PENSANDO:

TODO MUNDO PODE CONTRIBUIR.
TODO MUNDO PODE TRANSFORMAR.
TODO MUNDO PODE ENSINAR.
TODO MUNDO PODE DEIXAR SUA IMPORTANTE ASSINATURA NESTE NOSSO MUNDO.

NA DEVIDA PROPORÇÃO!


ANDRÉ LUIZ DE SOUSA FELISBERTO
consulteandre@ig.com.br